Costa diz que pais foram iludidos e mantém que fim dos contratos está decidido
O primeiro-ministro reafirmou que a "lei é para cumprir" e suspeita que os pais tenham sido iludidos neste processo.
Corpo do artigo
"Talvez alguém os tenha iludido na convicção de que os contratos de associação deixaram de ser exceção para passar a ser regra, mas não é isso que está nos contratos, não é isso que está na lei, não é isso que está no nosso programa de Governo, que é cumprir a lei e valorizar a escola pública", disse António Costa aos jornalistas, no final da visita, este sábado, ao Museu Abade Pedrosa e ao Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso, onde foi recebido com um protesto ruidoso de centenas de pais, professores e alunos de colégios privados da região.
O Governo, acrescentou o primeiro-ministro, está disponível para reavaliar mas apenas onde se confirmem erros. "Alguns colégios dizem que há erros, se houver cá estaremos para os corrigir. Mas para já está decidido", disse.
Costa ressalva, no entanto, que o Governo está disponível para outras soluções de parceria, nomeadamente através de contratos simples, que permitam a continuação nos colégios dos alunos do 5º e 6º anos. "O contrato simples, ao contrário dos contratos de associação, não paga a 100%, porque não é substitutivo da rede pública, mas que apoia em função do rendimento da família", explicou.
António Costa foi vaiado em Santo Tirso por centenas de pais, professores e alunos de várias escolas com contratos de associação da região, que se opõem ao fim dos contratos de associação. O protesto, com assobios, bombos e megafones conseguiu mesmo abafar o discurso do primeiro -ministro na inauguração do novo Museu Internacional de Escultura Contemporânea.