220 mil militares foram mobilizados para uma campanha de sensibilização porta a porta para a prevenção contra o mosquito responsável pela transmissão do vírus.
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O ministro da Saúde brasileiro anunciou uma campanha em que os soldados vão distribuir panfletos, dar conselhos e também repelentes a pelo menos 400 mil grávidas que recebem apoios sociais.
Ao jornal O Globo, Marcelo Castro explicou esta ação prevista para 13 de fevereiro e pediu o envolvimento dos brasileiros nesta luta contra o Zika. "Se a população não chamar para si, uma das crises maiores de saúde pública já vivida em qualquer tempo no Brasil, nós não seremos vitoriosos", disse.
Suspeita-se que o vírus Zika cause graves deficiências congénitas em recém-nascidos, incluindo microcefalia, casos em que os filhos de mulheres infetadas durante a gravidez nascem com cabeças mais pequenas do que a média.
Marcelo Castro dramatiza o discurso e defende que o Brasil não pode ficar de braços cruzados, "sob pena da História nos julgar por não termos tido a competência suficiente de eliminar o mosquito que transmite doenças tão graves".
A Organização Mundial de Saúde está neste momento a investigar a possibilidade do vírus ser transmitido por via sexual, mas são necessários mais dados. Os sintomas deste vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti são semelhantes ao da gripe.
O Brasil já registou quase quatro mil casos de microcefalia desde outubro do ano passado. Antes do surto de Zika, a média anual era de 160 casos.