Joana Marques Vidal considera que é preciso um "quadro mínimo de recursos humanos" para enfrentar os muitos desafios a que o Ministério Público é chamado.
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Falando na cerimónia de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, Joana Marques Vidal considerou que, apesar da falta de magistrados, foram alcançados resultados positivos no ano passado e no primeiro semestre de 2016, em comparação com o mesmo período de 2015.
Para colmatar a falta de magistrados do Ministério Público (MP), Joana Marques Vidal disse ser preciso assegurar a regularidade anual dos cursos de ingresso no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), para garantir a "continuada substituição dos magistrados que anualmente cessam as suas funções" e rejuvenescer os quadros.
A Procuradora acrescentou ainda que a obtenção dos objetivos estratégicos do Ministério Público está também "muito dependente" das "necessárias alterações estatutárias", em preparação por um grupo de trabalho no Ministério da Justiça.
Joana Marques Vidal observou que a ação do MP não se limita à área penal, aludindo às competências do Ministério Público na jurisdição Administrativa e Fiscal, principalmente as relativas à defesa dos interesses coletivos e comunitários, constitucionalmente garantidos, como o direito ao ambiente e urbanismo, à saúde, à cultura, entre outros.