É a primeira mulher a vencer este galardão. A escritora Gabriela Ruivo Trindade foi distinguida com o Prémio LeYa com o romance «Uma Outra Voz».
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O anúncio foi feito há instantes por Manuel Alegre, presidente do júri, que justificou a escolha com a «consistência narrativa», nomeadamente «na caracterização das personagens femininas».
Gabriela Ruivo Trindade vive em Londres, tem 43 anos, e é natural de Lisboa.
Esta sexta edição do galardão foi a mais concorrida de sempre, tendo-se candidatado 491 originais de 14 países.
O júri do Prémio LeYa 2013 foi o mesmo da edição do ano passado, tendo sido presidido por Manuel Alegre, e do qual fizeram também parte os escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, o professor da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, o reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do Rosário, e a professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.
À análise do júri foram submetidas sete obras finalistas que foram avaliadas em regime de "prova cega", isto é, sem saber quem é o seu autor, tendo o critério de seleção à final sido feito pelos editores do Grupo LeYa, explicou à Lusa fonte do grupo editorial.
O primeiro vencedor do Prémio LeYa, em 2008, foi o romance «O Rastro do Jaguar», do jornalista brasileiro Murilo Carvalho.
Em 2009 venceu o romance «O Olho de Hertzog», do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, na edição de 2010 o júri decidiu, por unanimidade, não atribuir o Prémio LeYa, dada a falta de qualidade dos originais a concurso, em 2011 foi distinguido o romance «O Teu Rosto Será o Último», estreia literária do português João Ricardo Pedro, e o ano passado venceu o português Nuno Camarneiro, com o romance «Debaixo de Algum Céu».