PCP diz que confrontos «só por si, não justificariam» chamar ministro ao Parlamento
Jerónimo de Sousa considerou, este sábado, que os recentes confrontos em Loures, «só por si, não justificariam» chamar ao Parlamento Rui Pereira, como pediu o CDS-PP. Para o comunista, enquanto existirem problemas económicos e sociais, a violência vai continuar.
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O secretário-geral do PCP considerou, este sábado, que os desacatos de sexta-feira na Quinta da Fonte, em Loures, «só por si, não justificariam» chamar à Assembleia da República o ministro da Administração Interna, como solicitou o CDS-PP.
«Os acontecimentos em Loures, só por si, não justificariam, mas é evidente que hoje, a situação de insegurança e de algum aumento de violência têm a ver com os problemas económicos e sociais, de exclusões na sociedade portuguesa, que se vão verificando, particularmente a nível de algumas zonas de Lisboa e do Porto», disse.
«Sem inviabilizar a possibilidade de o ministro ir dar explicações ao Parlamento», Jerónimo de Sousa considerou que seria necessário «não generalizar as situações» e que «se fizesse o enfoque apenas de um caso grave mas isolado».
O comunista admitiu ainda que «enquanto existir agravamento da situação económica e social, enquanto não forem respondidas necessidades e reivindicações objectivas das forças de segurança, obviamente que teremos estes e outros casos que não ajudam à segurança que as pessoas têm de sentir».
Jerónimo de Sousa proferiu estas declarações, à margem de uma festa popular realizada no parque de merendas de Tortosendo, na Covilhã, onde marcaram presença cerca de 300 militantes do PCP do distrito de Castelo Branco.