O jovem modelo português volta, esta quarta-feira, a comparecer no Tribunal Supremo de Nova Iorque, em nova sessão do caso do homicídio do colunista Carlos Castro, crime de que é acusado.
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Segundo disse à Lusa fonte do gabinete do procurador, a sessão presidida pelo juiz Charles Solomon será apenas de "controlo" do andamento do processo e das diversas diligências em curso.
Aguarda-se ainda a conclusão do relatório psiquiátrico pedido pelo gabinete do procurador, que será posteriormente entregue ao juiz.
Solomon irá depois deliberar se aceita o argumento de que Seabra é «não culpado por doença ou defeito mental», em que a defesa pretende basear o seu caso.
O advogado de defesa, David Touger, disse à Lusa que a decisão do juiz será tomada numa data posterior, quando a avaliação psiquiátrica da acusação estiver entregue.
Se aceite, afirma o advogado, o jovem português «vai para uma instituição psiquiátrica segura» ao cuidado de especialistas.
Recorde-se que Renato Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.
O caso remonta a 7 de Janeiro, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação dos órgãos genitais no quarto de hotel que partilharam em Manhattan.
O jovem modelo esteve detido no hospital psiquiátrico Bellvue, em Manhattan, tendo sido depois, em meados de Abril, transferido para a prisão de Rikers Island, onde aguarda julgamento.
Na última sessão em tribunal, no início de Agosto, Touger admitiu que Seabra possa vir a cumprir parte da pena em Portugal, caso se comprove a tese de perturbações mentais.
A defesa deverá ainda apresentar na sessão de hoje um requerimento para ter acesso aos exames médicos que a acusação possa vir a requerer.
Na última sessão, Renato Seabra assinou um consentimento para a acusação ter acesso a relatórios médicos elaborados nos Hospitais Belevue e Roosevelt, onde foi observado, bem como do Estabelecimento Prisional em que está detido.