Política

Greve é no "setor privado". Rio recusa atacar Governo por algo em que "não tem responsabilidades"

Paulo Novais/Lusa

Líder social-democrata reforçou a necessidade de fazer cumprir a requisição civil, mas lembra que a chave para o problema está entre empregados e patrões.

Foi como diplomata que o presidente do PSD, Rui Rio, abordou esta terça-feira a greve dos motoristas de matérias perigosas.

Reiterando a esperança de que o Governo consiga "equilibrar fatores e que os empregados e patrões consigam chegar a um acordo". Relembrando que esta greve acontece no "domínio do setor privado", Rio destacou o peso que o "bom senso" poderá ter nestas negociações.

Já no que diz respeito ao setor público, o líder social-democrata apontou como ação possível a requisição civil para garantir serviços mínimos "fundamentais", ligados a áreas "vitais" como a saúde e segurança. Para além disso, lembra Rio, o Governo "pode e deve tentar interferir" no sentido de que as partes cheguem a um acordo.

"Não pode fazer mais, não vou atacar o Governo naquilo que o Governo não tem responsabilidades, senão não estaria a ser sério", reconheceu.

Apesar do anúncio atempado da greve, e questionado sobre se faltou prevenção em relação a esta greve, Rio reforçou que "este é um braço de ferro entre os camionistas e a sua entidade patronal" e que a única responsabilidade que compete ao poder público é "interferir diplomaticamente" para acelerar um acordo entre as partes.

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