Sociedade

IPO de Lisboa garante que "segurança e qualidade dos cuidados de saúde" não estão em risco

Os farmacêuticos apontam a falta de manutenção eficaz de infraestruturas e equipamentos da Unidade de Preparação de Estéreis Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Instituto garante estar a trabalhar por melhores condições de trabalho.

Os problemas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa têm-se acumulado. Depois de os farmacêuticos pedirem escusa de responsabilidade, o Conselho de Administração do IPO garantiu, esta terça-feira numa resposta escrita à TSF, que a "segurança e qualidade dos cuidados de saúde" prestados aos utentes não está em causa. Bem pelo contrário.

"A atividade assistencial do IPO Lisboa tem aumentado, permitindo o acesso de mais utentes a mais tratamentos, consultas e cirurgias, em melhores condições", pode ler-se na nota.

Além disso garantem estar a trabalhar por melhores condições de trabalho e "apetrechamento dos serviços", nomeadamente pediatria e farmácia.

"Em paralelo, para além do esforço permanente no sentido do reforço das equipas, verifica-se na realidade um efetivo aumento das equipas médicas e de enfermagem do serviço de pediatria, assim como de farmacêuticos no serviço farmacêutico", acrescenta o Conselho de Administração.

Nos pedidos de escusa apresentados, os farmacêuticos apontam a falta de manutenção eficaz de infraestruturas e equipamentos da Unidade de Preparação de Estéreis (UPE), sublinhando que esta situação conduziu a uma "deterioração critica" que pode "impactar na segurança dos tratamentos preparados" bem como dos profissionais envolvidos.

Aludindo igualmente à falta de meios, dizem que o aumento na exigência do trabalho diário não se traduziu num aumento proporcional do número de farmacêuticos.

Na carta enviada ao Infarmed, o bastonário lembra a demissão da diretora dos serviços farmacêuticos do IPO de Lisboa, destacando que a profissional de saúde considerou que não estão a ser cumpridas as boas práticas de preparação de medicamentos, de acordo com as normas do Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Cátia Carmo