Diretor-geral para o futebol diz que sai do Benfica se Noronha Lopes vencer as eleições. À TSF, Nuno Gomes, vice-presidente do candidato, diz que, como funcionário do clube, Mário Branco não se devia ter pronunciado
Nuno Gomes não compreende a tomada de decisão pública de Mário Branco sobre a saída do Benfica caso Noronha Lopes vença as eleições do Benfica, este sábado. O atual diretor-geral para o futebol das águias disse, em entrevista ao jornal Record, que tem a intenção de sair do Benfica se o presidente não for Rui Costa. À TSF, Nuno Gomes, escolhido por Noronha Lopes como vice-presidente para o futebol, considera que aquilo que deve estar em debate, nesta altura, é o futuro líder dos encarnados.
O antigo jogador das águias e candidato pela lista F usa o exemplo de José Mourinho para ilustrar como um funcionário do clube se deve comportar em período eleitoral. "Ao contrário do que tem sido a postura de José Mourinho - que é de louvar em relação àquilo que se tem passado nas últimas semanas, ao redor das eleições - de grande elevação, os comentários de Mário Branco vão um pouco em direção contrária, sendo um funcionário do Benfica neste momento", atira.
"Não sei se me deveria pronunciar acerca daquilo que é o futuro do clube, sendo o Mário Branco um funcionário, mas, como é óbvio, eu próprio conheço o Mário Branco e tenho por ele estima e simpatia, mas o que estamos aqui a discutir são as eleições do Benfica e o futuro do Benfica, e também aquilo que a estrutura de João Noronha Lopes para o futebol pode trazer para o clube", acrescenta à TSF.
Em relação àquilo que são as ideias de Noronha Lopes para a estrutura do futebol no Benfica, no qual Nuno Gomes seria um dos responsáveis, o candidato a vice-presidente sublinha o trabalho que tem sido feito ao longo do último ano: "A nossa estrutura está pronta para começar a trabalhar e já trabalha em equipa há muitos meses, está mais do que preparada. E o que se está a querer fazer passar nesta altura é uma comparação entre Mário Branco e o Pedro Ferreira, ou até o próprio Pedro Ferreira com a relação com José Mourinho, quando a grande questão e o grande tema aqui é os sócios decidirem entre o candidato Rui Costa e o candidato e a estrutura de João Noronha Lopes."
Nuno Gomes garante que, no lugar de Mário Branco, não se teria pronunciado publicamente sobre as suas intenções, para não influenciar a opinião dos benfiquistas em tempo eleitoral. "Se fosse eu, não o faria, porque deixaria os sócios do Benfica tomarem primeiro as suas decisões consoante aquilo que acham melhor para o futuro do clube e, depois, o presidente que for eleito com certeza terá toda a capacidade e toda a legitimidade para tomar decisões para o futuro do futebol do Benfica, consoante as suas convicções", garante.
Ainda assim, Nuno Gomes está convicto de que quem ganhar as eleições vai trabalhar para a união do clube e aproximar todos os adeptos.
"Será uma prioridade da nossa lista unir mais os benfiquistas, aproximar também mais o clube dos seus adeptos, a própria equipa dos seus adeptos. Acho que tem faltado nos últimos tempos uma maior proximidade dos seus adeptos com os seus heróis, que são os jogadores da equipa de futebol, e já ouvimos de um lado e do outro dizer que é urgente também, independentemente de quem ganhe, que se proceda a essa maior união e a essa maior proximidade", ressalva.