O especialista Germano Marques da Silva disse, esta quarta-feira, à TSF que o inquérito-crime da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao caso da ocultação de dívidas públicas na Madeira é algo inédito na justiça portuguesa
«Não conheço mais nenhum» e não há memória de um inquérito-crime «com este objectivo», disse, acrescentando que neste caso é preciso saber se os «actos que tenham sido praticados violam alguma disposição legal», investigar suspeitas e tentar reunir provas documentais.
Quanto ao prazo que o inquérito pode demorar, Germano Marques da Silva espera que não seja mais do que seis meses, mas tudo depende do decorrer da investigação, explicou o especialista em Direito Penal.
Quanto ao facto de o inquérito decorrer em plena campanha para as eleições na Madeira, o também professor da Universidade Católica afirmou que «a Justiça deve ser um bocado cega à política».
Se o Ministério Público entende que há motivos para investigar então deve fazê-lo, reforçou.