Por causa dos cortes nos subsídios, o vice-presidente do Instituto Superior Técnico, Arlindo Oliveira, teme que o país poderá assistir, no próximo ano, a uma fuga de mentes brilhantes.
Na TSF, o vice-presidente do Instituto Superior Técnico, Arlindo Oliveira, referiu que os funcionários do técnico melhor preparados não terão dificuldades para arranjar trabalho no estrangeiro e está convencido que é precisamente isso que muitos portugueses vão fazer.
«Nós temos funcionários altamente qualificados que arranjam emprego em qualquer lugar no mundo e, neste momento, estão totalmente desmoralizados. E já temos vários avisos de pessoas que concorreram para outros lados, tanto para fora da Função Pública, como para o estrangeiro», alertou.
«A prazo estamos a hipotecar o futuro de todos os serviços públicos, perdendo alguns dos nossos melhores trabalhadores», acrescentou o vice-presidente do Instituto Superior Técnico.
Arlindo Oliveira diz que no caso do Instituto Superior Técnico, os cortes ainda fazem menos sentido porque uma boa parte dos salários nem sequer é paga através do Orçamento do Estado.
«No caso do Instituto Superior Técnico, o Orçamento do Estado paga apenas uma fracção razoavelmente pequena de todos os nossos salários, mas os funcionários do Técnico por definição são funcionários públicos, portanto independentemente de serem pagos por fundos públicos ou se são pagos por receitas próprias, vão ter o seu vencimento cortado», sublinhou.