O executivo deverá aprovar esta quinta-feira, em conselho de ministros, a decisão sobre o vencedor da privatização da EDP, disse à Lusa fonte governamental.
A decisão, que deverá acabar com a disputa entre os alemães da E.On, os chineses da Three Gorges e os brasileiros da Eletrobras e da Cemig, surge depois de o primeiro-ministro ter dito, em entrevista à SIC-Notícias, que o anúncio do vencedor dos 21,34 por cento que estão nas mãos do Estado seria feito «antes do Natal».
No entanto, no último conselho de ministros, o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes, referiu que a decisão estaria tomada «até ao final do ano».
Qualquer que seja a decisão do Governo, a EDP irá terminar o ano com novos accionistas e com uma posição do Estado reduzida a 4 por cento do capital social da empresa, podendo o executivo encaixar com esta operação entre 2,3 e 2,7 mil milhões de euros, conforme as propostas que estão em cima da mesa.
O montante que o Estado espera vir a encaixar com a privatização da EDP não poderá ser utilizado para reduzir o défice público, segundo as regras comunitárias, mas sim para abater na dívida pública que, com base no último reporte enviado a Bruxelas, em Setembro, apontava para um valor de dívida pública superior a 171 mil milhões de euros, ou seja, mais do que 100 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).