Depois de o secretário-geral do PS ter exigido informação sobre as negociações do plano de assistência financeira à Madeira, Passos Coelho disse que não pode nem deve falar sobre isso.
«O que aconteceu entre Setembro e o dia de hoje? Quais são as negociações que estão a ocorrer, que não são do conhecimento nem da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, nem da Assembleia da República?», questionou o líder do PS.
Usando a ironia, o secretário-geral socialista disse saber que o PSD «preside ao Governo da República e ao Governo Regional da Madeira».
«Mas este Parlamento e os madeirenses têm o direito de saber com transparência quais são as negociações que estão a ocorrer entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira», disse.
Na resposta, Passos Coelho começou por lembrar que «depois das eleições e da posse do novo Governo, encetaram-se negociações visando dotar o Governo Regional da Madeira de um programa de ajustamento que permitisse sanear a dívida da Madeira e regularizar a situação com os fornecedores».
Passos Coelho acrescentou: «Essas negociações têm vindo a decorrer e enquanto elas estão a decorrer não posso dizer mais do que aquilo que foi tornado público, não posso nem devo».
«Houve uma carta de compromisso que foi assinada pelo Governo Regional da Madeira e que é publica. Nos termos desta carta são conhecidos os objectivos e as metas que deverão ser respeitadas no programa, o que significa total transparência do lado do Governo Regional da Madeira e do Governo da República quanto àquilo que deve ser a linha mestra a observar por esse programa», vincou.
Passos Coelho disse ainda que «não haverá um regime de favor relativamente à Região Autónoma da Madeira».