Para o líder bloquista, com as medidas anunciadas por Passos Coelho, «Portugal será em 2013 um país muito mais pequeno e muito mais destroçado, com muito menos alternativas»
O líder do Bloco de Esquerda acusou o primeiro-ministro de «crueldade na destruição da economia, empresas, emprego, trabalho, reforma e respeito pelas pessoas».
Reagindo a novas medidas de austeridades anunciadas na sexta-feira por Passos Coelho, Francisco Louçã falou em «golpe de Estado económico» feito por um chefe de Governo «insensível e insensato».
«Com estas medidas, Portugal será em 2013 um país muito mais pequeno e muito mais destroçado, com muito menos alternativas e muito menos capacidade de escolher perante esta imposição selvagem da economia da troika e do memorando que nos tem sido aplicado», sublinhou.
Para Louçã, o «golpe de Estado económico é uma diminuição da democracia e cria fome, desespero, desrespeito e destruição em Portugal».
O líder bloquista aconselhou ainda o PS, que chegou a propor que se retirasse um subsídio aos reformados e trabalhadores, a não apenas «recusar estas medidas».
«O PS tem agora a obrigação de se definir sobre se quer continuar a defender o memorando, que impunha esta transferência de rendimentos e um aumento de impostos sem paralelo em Portugal», adiantou.
Ou então, acrescentou Francisco Louçã, se o PS «está disposto, como manda a sensatez e como manda a necessidade de recuperar o país para a economia e a economia para as pessoas e o trabalho para o respeito, a romper o memorando para a troika».