O ex-ministro Pedro Silva Pereira alertou hoje que, apesar do ciclo político do atual Governo já ter terminado, haverá ainda muitos portugueses que não estão certos de que a «bandeira da esperança» esteja nas mãos do PS.
Na sua intervenção durante o XIX Congresso Nacional do PS, Pedro Silva Pereira considerou que «um ciclo político só termina quando a bandeira da esperança muda de mãos», defendendo que «já é claro para todos os portugueses que a bandeira da esperança não está nas mãos deste Governo».
«Mas devemos ter a consciência, até ao último momento em que nos encontramos olhos nos olhos com os portugueses, que haverá ainda muitos portugueses que não estão certos de essa bandeira da esperança esteja nas mãos do PS», alertou.
Por isso, na opinião do ex-ministro de José Sócrates, a tarefa do PS é «construir uma alternativa credível e de a apresentar ao país, como um sinal de esperança».
«E o que faremos, secretário-geral, neste congresso? É fazer perante o país uma afirmação de unidade», declarou.
Na opinião de Pedro Silva Pereira, o PS fará das «próximas eleições autárquicas um momento de combate e de afirmação de uma alternativa de esperança e de futuro para Portugal».
«A questão política do país - e portanto também deste congresso - é que há uma urgência em Portugal hoje e essa urgência é travar esta política destrutiva de austeridade e conquistar espaço para uma agenda de crescimento e de emprego», criticou.
Sobre «umas cartas a falar em consenso e a pedir reuniões», Silva Pereira sublinhou que o «problema é saber que consenso é que serve o país».