Em entrevista à TSF e TVI, o primeiro-ministro lembrou que é preciso existir um resultado orçamental e um crescimento da economia compatíveis com esse objetivo.
O chefe do Governo recusou, esta quinta-feira, comprometer-se, com uma descida de impostos para 2015.
Na entrevista conjunta à TSF e TVI, Passos Coelho esclareceu que não tem «condições hoje para prometer aos portugueses que em 2015 os impostos vão descer».
«O que eu posso dizer é que não é pelo facto de haver eleições que não deixaremos de aliviar a carga fiscal seja no IRS seja no IVA se as condições o permitirem. Isto significa que nós precisaremos de ter um resultado orçamental e um crescimento da economia compatíveis com esse objetivo», defendeu.
A este propósito, o primeiro-ministro lembrou que o Governo se comprometeu, no guião da reforma do Estado, a criar uma comissão que vai estudar a reforma do IRS e verificar como compatibilizar o objetivo de uma fiscalidade verde com a descida dos rendimentos do trabalho.
«Se resultar dessa comissão uma proposta de alívio fiscal compatível com os objetivos orçamentais, com certeza que o faremos, mas não me posso comprometer a esta distância», garantiu, dizendo que, para descer os impostos será necessário, em primeiro lugar, reduzir o défice.