O ministro da Educação garantiu hoje, no Parlamento, que há um reforço do financiamento na Ciência e na investigação desde 2011. Nuno Crato pediu à oposição para não confundir bolsas individuais com o total de bolsas e projetos científicos.
Numa intervenção de 45 minutos, Nuno Crato respondeu com dados às acusações dos últimos dias. O ministro da Educação garantiu que, nesta altura, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)apoia diretamente mais de 12 mil investigadores e que o orçamento para financiamento científico aumentou de 410 milhões de euros em 2012 para 424 milhões no ano passado.
De acordo com o ministro, «a partir de 2011 o Governo susteve a queda» neste setor e «conseguiu que nele fosse investido mais dinheiro».
Nuno Crato fez ainda um pedido à oposição: «Não confundam bolsas individuais com o conjunto das bolsas atribuídas. (...) Não há qualquer abandono da formação avançada».
No entanto, o ministro não respondeu à questão sobre o futuro dos mais 5000 candidatos excluídos nos últimos concursos individuais, onde apenas 9% das candidaturas foram aprovadas.
Após a intervenção de Nuno Crato, a deputada do PCP Rita Rato desafiou o ministro a assumir «a responsabilidade» por um corte orçamental na Ciência na ordem dos 82 milhões de euros, ou seja «17% no financiamento ao setor».
Já a deputada Odete João, do PS, afirmou que «o programa do Governo é uma enorme errata, que não cumpre nada daquilo que promete».