Comentando os dados da execução orçamental dos primeiros seis meses de 2014, Passos Coelho disse ser necessária uma «clarificação quanto às regras que poderemos adotar não apenas para o resto do ano, mas também para o ano de 2015».
O primeiro-ministro avisou que sem a entrada em vigor das «soluções já anunciadas» pelo Governo as metas orçamentais estabelecidas para 2014 estarão «em causa».
Em Díli, à margem da Cimeira da CPLP, Pedro Passos Coelho entende que os dados relativos à execução orçamental do primeiro semestre de 2014 «não nos trazem uma grande surpresa».
«Estávamos à espera deste agravamento em consequência de maiores despesas com os salários na Administração e também com algumas pressões orçamentais sobretudo do lado da Saúde, que precisam de ter uma melhor resposta até ao final do ano», acrescentou Pedro Passos Coelho.
Para o chefe do Governo, «isso alerta-nos para a necessidade de termos com rapidez uma clarificação quanto às regras que poderemos adotar não apenas para o resto do ano, mas também para o ano de 2015».
Passos explicou ainda que o «agravamento que aconteceu sobretudo no último mês se deve inteiramente à necessidade de dar cumprimento às deliberações do Tribunal Constitucional, que obrigou a elevar os custos salariais com a Função Pública».