Pedro Passos Coelho e Paulo Portas apelaram este domingo à tarde ao voto dos eleitores do centro e dos mais descontentes com as "medidas difíceis" tomadas pelo governo nos últimos quatro anos.
No mesmo lugar onde assinaram o acordo de coligação, no Monte da Penha, em Guimarães, Passos assumiu a "melhor amizade" entre os líderes do PSD e do CDS e voltou-se a dirigir aos que sofreram mais dificuldades, acenando com "compromissos".
Aos atuais e futuros aposentados, o candidato da coligação Portugal à Frente disse não ser "uma promessa vaga" não haver qualquer medida de restrição das pensões, porque "já hoje" não existem e comprometeu-se a avançar com a reforma da segurança social. E aos trabalhadores da função pública assegurou que a coligação "já está a remover em 2015" os cortes que sofreram, de forma a poder "restaurar-lhes os rendimentos".
À classe média e a quem tem rendimentos mais elevados, Passos Coelho garantiu que "se a receita fiscal do IVA e do IRS ficar acima do projetado, tudo o que vier a mais será devolvido aos contribuintes", acrescentando estar em condições de em 2016 de devolver "uma parte importante dessa sobretaxa".
Para Pedro Passos Coelho, o programa da coligação é "o melhor que o país pode ambicionar", até porque nasceu em tempos especiais. "É nas dificuldades que se selam as grandes amizades e é também no meio das maiores dificuldades que se podem forjar as melhores estratégias, aquelas que realmente dão conta do recado e nos podem ajudar a construir um futuro melhor.
A estratégia dos líderes do PSD e do CDS foi reafirmada na "sala talismã", nas palavras de Paulo Portas, a mesma onde assinaram o acordo de coligação em maio passado.