Brandão Rodrigues vai liderar investigação aos incidentes na final da Champions
UEFA adianta que o antigo governante vai trabalhar em regime pro bono.
Corpo do artigo
O ex-ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues vai liderar, para a UEFA, a elaboração de um relatório sobre os acontecimentos em torno da final da Liga dos Campeões, no último sábado, investigando "a tomada de decisão, a responsabilidade e os comportamentos de todas as entidades envolvidas", anunciou esta segunda-feira o órgão máximo do futebol europeu.
"A UEFA anunciou hoje que encomendou um relatório independente sobre os acontecimentos que envolveram a final da UEFA Champions League, em Paris, no sábado, 28 de maio", lê-se no documento, que acrescenta que "o relatório será compilado de forma independente e o português Tiago Brandão Rodrigues irá liderar a produção deste documento".
Na mesma comunicação, a UEFA escreve que o ex-ministro aceitou trabalhar "em regime pro bono" para "garantir a sua independência no processo".
As conclusões deste relatório, garante o órgão europeu, serão tornadas públicas, sendo utilizadas como base para avaliar "os próximos passos".
A final da Champions, disputada em Saint-Denis, na periferia norte de Paris, e ganha no sábado pelo Real Madrid contra o Liverpool (1-0), foi marcada por um cenário de caos em volta do estádio, mas sem feridos graves a lamentar.
⚽️ #UCLFinal
- Carrusel Deportivo (@carrusel) May 28, 2022
‼️ Este ha sido uno de los motivos del retraso del inicio del #LIVRMA de la @ChampionsLeague
#️⃣ #DeParísACibeles #UCL
vía: @antonmeana pic.twitter.com/67FsljZi9p
Antes do jogo, havia grupos de jovens e de adeptos de futebol locais não identificados nas imediações do estádio, dezenas dos quais tentaram entrar à força no recinto, escalando barreiras para o conseguir.
A polícia interveio, dispersando a multidão com gás lacrimogéneo, lamentando depois que "famílias possam ter sido indiretamente atingidas", e referindo que as tentativas de intrusão ou de utilização de bilhetes falsos foram "na generalidade" feitas por "adeptos ingleses", mas "também, sem dúvida, com alguns parisienses e residentes de Saint-Denis".