Nem perder a sapatilha a impediu de cruzar a meta em segundo: Margarida Silva é prata nos 1500 metros

Comité Paralímpico
É a terceira medalha de Portugal nos Jogos Surdolímpicos de Tóquio 2025
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O cubo de marmelada não faltou e os números de dorsal deram um - a sua rotina antes de entrar na pista. Tudo indicava que iria correr bem e assim foi. Margarida Silva perdeu uma sapatilha na última volta, mas nem isso a impediu de fazer uma estreia inesquecível. Antes de partir para o Japão, questionou: "Como é que eu vou apresentar-me perante o mundo com esta condição?" A resposta é clara: como vice-campeã nos 1500 metros.
"O que para muitos seria o fim da corrida, para a Margarida foi o início de uma demonstração de garra absolutamente inesquecível. Continuou, controlou, acelerou, resistiu e lutou até ao último metro na luta pelo ouro com a neutral Iuliia Abubiakirova - descalça, mas imparável", lê-se no post do Comité Paralímpico de Portugal.
Em declarações ao comité, assume que sonhou "bastante" com este momento, que "não foi perfeito", e diz ainda que "não pode ficar triste" ao pensar o que aconteceria se não tivesse perdido uma sapatilha.
Esta é a terceira medalha de Portugal nos Surdolímpicos: a judoca Joana Santos conquistou no domingo o ouro na categoria -57 kg, tornando-se bicampeã, e André Soares venceu na terça-feira o bronze na corrida por pontos.
