O presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira, justificou hoje, no Parlamento, a urgência da venda da participação na Cimpor, assumindo que a CGD não pode agravar os atuais entraves ao crédito.
Corpo do artigo
Em resposta a uma pergunta do deputado socialista, Basílio Horta, o presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) fez questão de sublinhar que banco do Estado está a ser questionado sobre a OPA à Cimpor como se o negócio já se tivesse concretizado quando isso não aconteceu.
Faria de Oliveira lembrou que a operação ainda não foi feita, ou seja, a CGD só anunciou a disponibilidade para vender, mas ainda não vendeu.
Em todo o caso, Faria de Oliveira garantiu que deu o "sim" com uma convicção: que a sede da empresa se manteria em Portugal e que a CGD tinha razões para dar uma resposta tão pronta.
O Partido Socialista quis ainda saber se houve uma deliberação do Conselho de Administração da Caixa, no sentido de dar luz verde a esta operação.
Faria de Oliveira respondeu que a decisão foi da comissão executiva, depois ratificada pelo conselho, o que levou Basílio Horta a pedir a ata da reunião da CGD.
A brasileira Camargo Corrêa, lançou, a 30 de março, uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da Cimpor, e no mesmo dia, a Caixa Geral de Depósitos, com quase dez por cento das ações, manifestou a sua disponibilidade para vendê-las.