
Leonardo Alexandre/TSF
A central sindical continua sem esclarecer se pode ou não alargar para dois dias a greve geral marcada para 11 de dezembro, como já defendeu a UGT. No domingo, confrontado pela TSF com as declarações de Mário Mourão, Tiago Oliveira deixou tudo em aberto, afirmando que quanto maior fosse o "ataque", maior seria a "resposta"
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O secretário-geral da CGTP disse esta segunda-feira não ter recebido qualquer nova proposta do Governo sobre a reforma à legislação laboral e não se compromete em prolongar a greve geral convocada para 11 de dezembro para dois dias.
"Aquilo que temos de assumir é a construção de uma grande greve geral para o dia 11 [de dezembro]", afirmou o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre se a CGTP admitia prolongar a greve geral de um para dois dias, tal como admitido pelo secretário-geral da UGT.
Tiago Oliveira acrescentou ainda que a CGTP irá "sempre" estudar e avaliar novas formas de luta para "derrotar o pacote laboral", mas não se comprometendo com um eventual prolongamento da greve geral.
A central sindical continua, por isso, sem esclarecer se pode ou não alargar para dois dias a greve geral marcada para 11 de dezembro, como já defendeu a UGT. No domingo, confrontado pela TSF com as declarações de Mário Mourão, Tiago Oliveira deixou tudo em aberto, afirmando que quanto maior fosse o "ataque", maior seria a "resposta". Esta segunda-feira sublinha que o pré-aviso de greve entre é apenas para um dia.
As declarações foram transmitidas aos jornalistas minutos antes de a CGTP entregar o pré-aviso de greve geral para 11 de dezembro no Ministério do Trabalho, em Lisboa.
O secretário-geral da CGTP rejeitou as críticas que têm vindo a ser feitas pela ministra do Trabalho, referindo que a central sindical "está em todas as reuniões para as quais é convocada" e que se apresenta para "discutir e avaliar tudo o que o Governo" coloca em cima da mesa.
Questionado sobre se a CGTP recebeu a nova proposta apresentada pelo Executivo à UGT, Tiago Oliveira diz não ter recebido o documento.
"A única proposta que está em cima da mesa foi a primeira que o Governo apresentou em finais de julho", afirmou Tiago Oliveira, lamentando ainda que o executivo não tenha acolhido nenhuma proposta apresentada pela central sindical.
