A Confederação da Indústria Portuguesa admite a possibilidade do salário mínimo aumentar ainda este ano, enquanto a Confederação do Comércio e Serviços defende que só deve entrar em vigor em janeiro de 2015. As centrais querem que a atualização seja feita de imediato.
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Em declarações na TSF, António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), diz que tudo vai depender de uma negociação a médio prazo na concertação social.
António Saraiva admite discutir um novo acordo sobre o salário mínimo nacional «que defina valores e calendários», mas defende que este deve ser «um acordo que não pode ser válido apenas por um ano, deveria ter um horizonte temporal de um mínimo de três anos». O presidente da CIP acrescenta ainda que o acordo deve prever «evoluções salariais graduais» e que o aumento «pode começar ainda este ano».
Já o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP)considera que até outubro deve estar definido o aumento do salário mínimo, mas sublinha que as alterações só devem vigorar a partir do próximo ano para que as empresas se possam organizar.
João Vieira Lopes, em declarações no Fórum TSF, considera que o aumento do salário minimo é positivo para animar a economia e por isso a CCP não parte para as negociações na concertação social com nenhuma condição no que diz respeito a essa matéria.
Quanto às centrais sindicais, a CGTP, pela voz de Arménio Carlos, defende que o aumento deve ser feito o quanto antes, «no máximo até 1 de junho deste ano».
Também Carlos Silva, da UGT, considera que não faz sentido assinar um acordo em junho ou julho e o salário mínimo só ser atualizado em dezembro. «Para isso não estamos disponíveis», conclui.