O presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão, João Duque, afirma na TSF que já não há tempo para aplicar mais medidas até ao final do ano para corrigir o défice de 2012.
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O Governo vai nos próximos dias transmitir à troika que não vai poder cumprir a meta de 5 por cento de défice em 2012, fasquia que renegociou na altura da quinta avaliação do memorando de entendimento, escreve o Diário Económico na edição desta segunda-feira.
O jornal diz que a derrapagem de três a cinco décimas é praticamente dada como certa, mas que até pode ser maior, uma vez que as receitas fiscais terão continuado a cair em outubro depois das receitas com o IRC terem registado em setembro uma queda superior a 20% em relação ao mesmo periodo do ano passado.
O Diário Económico lembra ainda que a despesa está a sofrer com o impacto do desemprego e da quebra das contribuições na segurança social.
A confirmar-se este cenário, o economista João Duque diz, em declarações à TSF, que não acredita que o desvio no défice implique novas medidas de austeridade ainda este ano.
Para o Presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) já não há tempo para corrigir as contas de 2012. João Duque diz ainda que está convencido que a troika vai aceitar que o défice deste ano ultrapasse os 5%.
O economista considera também que o Governo está a aplicar as medidas que foram exigidas, o problema é que os resultados não estão a produzir os efeitos esperados. O presidente do ISEG dá o exemplo do aumento da carga fiscal que acabou por não representar mais receita.