O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, lançou hoje um apelo à "consciência individual" dos pilotos da TAP e da Portugália, para que decidam se vão aderir ou não à greve convocada para o período de 1 a 10 de maio.
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As negociações estão fechadas e ontem o presidente da TAP, Fernando Pinto, disse que fez tudo mas não conseguiu um acordo com os pilotos. Ainda assim, o secretário de Estado dos Transportes acredita que os pilotos da TAP e da Portugália possam desmarcar a greve.
"Acredito que isto é possível porque o bom senso tem de imperar quando é uma medida de impacto tão grande na vida das famílias que trabalham na TAP e de impacto económico no país. Só posso acreditar que o bom senso vai imperar e que os sindicatos decidirão cancelar a greve ainda antes da sua realização", afirmou.
Sérgio Monteiro disse que o Governo não fez uma intervenção direta no processo de negociações com o Sindicato dos Pilotos e rejeita inflexibilidade por parte da empresa. "Vi um grande esforço por parte da TAP para tentar chegar a um acordo. Não senti o mesmo esforço por parte do Sindicato dos Pilotos. E devo dizer que o diagnóstico feito pelo presidente do sindicato, de que o Governo e a TAP queriam impor e não negociar, eu tenho a perceção completamente contrária".
Sérgio Monteiro recusou ainda que esta instabilidade na TAP tenha afastado os candidatos à compra da transportadora aérea: "Não temos até agora nota de nenhuma desistência, por isso mantemos o plano e o calendário. A privatização é muito importante, esperamos que pelo menos 300 milhões de euros entrem na companhia".