Fernando Pinto afirmou hoje que a maioria dos voos cancelados nos meses de verão ocorreu em aviões da Portugália. O presidente da TAP justificou os cancelamentos com razões técnicas e falta de pilotos.
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Na sua intervenção inicial, Fernando Pinto admitiu um número de cancelamentos de voo «fora do normal», explicando que 227 dos cancelamentos em junho e julho foram por falta de tripulação e 120 por razões técnicas.
«E 56% dos cancelamentos por razões técnicas foram na frota PGA [Portugália], que é muito mais pequena do que a frota da TAP», declarou o presidente da companhia aérea nacional, que está a ser ouvido na comissão de Economia e Obras Públicas para explicar as perturbações que afetaram a operação de verão.
No início de setembro, o presidente da TAP garantiu, em entrevista à RTP, que a companhia estava a ter menos incidentes este ano apesar de estar a realizar mais voos, e lamentou que esteja a ser reportada «qualquer coisinha que aconteça».
Fernando Pinto explicou que no verão «houve um aumento de eventos técnicos, sobretudo na frota A330», a que se juntou o atraso na entrega de seis novos aviões, na formação de pilotos e a greve de zelo dos pilotos.
Sobre a falta de pilotos, o presidente da TAP justificou com um atraso de seis meses na formação, resultante de uma alteração das regras do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
Fernando Pinto garantiu ainda que estão a ser tomadas medidas para evitar mais problemas: «decidimos reforçar o número de pilotos e de pessoal de bordo, vamos ter uma aeronave reserva pela primeira vez no próximo verão, talvez duas».