Este sábado é dia de votação nas primárias para escolha dos candidatos às presidenciais norte-americanas. Os democratas votam no estado do Nevada, e os republicanos na Carolina do Sul. Foi por lá que o enviado especial da TSF, Paulo Tavares, encontrou um veterano da guerra da Coreia.
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Um veterano em esforço para arregimentar apoiantes para John Kasich, um dos candidatos republicanos mais mal colocado nas sondagens.
Ben Pelot está à beira da estrada num cruzamento à saída da ponte Arthur Revenel, em Charleston. 86 anos, boné a anunciar a condição de veterano da guerra da Coreia, Ben segura um longo pau de madeira com três cartazes de apoio a John Kasich, e um quarto papel a dizer "Obrigado!"
"Estou apenas aqui a segurar num cartaz. Pensei em ficar aqui porque a cada minuto, passam por aqui uns 50 carros... eles olham e perguntam-se... Mas o que é que está aquele tipo ali a fazer a segurar um cartaz?"
E o que é que o leva a apoiar John Kasich, o mais discreto dos candidatos republicanos nestas primárias?
Ben responde: "A experiência e a maturidade, ele esteve na câmara dos representantes 12 ou 15 anos, e regressou a casa, para ser eleito governador do Ohio. Já vai no segundo mandato, é muito popular, e o que fez no estado dele, pode fazer pelo país."
Ben Pelot recusa maltratar os outros candidatos.
Segue a linha tranquila de John Kasich, que tem feito uma campanha com mensagens positivas e não tem ido a jogo na batalha de acusações e repostas que tem entretido os outros candidatos. Ainda assim, Ben diz que com Trump só trataria de negócios.
"Ele é um homem muito astuto. Se tivesse algum dinheiro, que não tenho, investia-o com ele. Mas, não lhe entrego o futuro das minhas netas"
No comício de John Kasich, a bordo do Porta-aviões USS Yorktown, Ben teve honras de palco, atrás do candidato, e ouviu John Kasich contar uma história.
"Ia a caminho da ponte, atravesso a rua e vejo um tipo com uns cartazes grandes, nem vi o que diziam... aproximei-me... e ali estava este cavalheiro, de pé na esquina... virou-se para mim e disse: «bolas! Nem acredito que o senhor está aqui!»"
A TSF acompanha o ano presidencial nos Estados Unidos no âmbito de uma parceria com a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento.