
Malala Yousafzai, the Pakistani girl who was shot on a school bus by the Taliban last October for campaigning on the education of girls, sits on the sidelines of a news conference convened by 'A World at School' in New York September 23, 2013
REUTERS/Adrees Latif
É apontada como a grande favorita ao Prémio Nobel da Paz. Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa que hoje ganhou o prémio Sakharov, sobreviveu a uma tentativa de homicídio pelos talibãs e hoje é um ícone global da luta pela educação das raparigas e pela paz.
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Na sua recuperação, após ser alvejada na cabeça por um atirador talibã, a ativista de 16 anos emergiu como um baluarte para todos os que querem ultrapassar a violência e a intolerância com dignidade.
Em julho foi aplaudida de pé na Assembleia Geral das Nações Unidas após prometer que nunca seria calada. Hoje ganhou o prestigiado prémio Sakharov pela Liberdade de Pensamento atribuído pelo Parlamento Europeu.
Malala começou a ser conhecida em 2009, quando, aos 11 anos, começou a escrever um blogue para o serviço de urdu da BBC, no qual descrevia a vida sob o domínio dos talibãs no Swat, o vale do noroeste do Paquistão onde vivia.
A 9 de outubro do ano passado, os talibãs enviaram dois homens para matar Malala, que seguia no autocarro da escola. Os talibãs paquistaneses reivindicaram o ataque e avisaram que qualquer mulher que os enfrentasse teria o mesmo destino. No entanto, Malala não morreu. A bala roçou o cérebro e percorreu o pescoço, alojando-se no seu ombro e Malala ficou no hospital, a lutar pela vida, enquanto o mundo aguardava horrorizado.