No dia em que o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, anunciou funerais de Estado para as vítimas do naufrágio da semana passada em Lampedusa, a TSF conversou com Fabrizio Gatti. Um jornalista que viveu de perto o drama da imigração ilegal quando decidiu trabalhar infiltrado.
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Fabrizio Gatti, jornalista que investiga há mais de 20 anos as redes de imigração ilegal, conta que repetiu tantas vezes as mesmas perguntas que se sentiu um voyeur e, por isso, o passo seguinte foi trabalhar infiltrado.
Garante que segue sempre três regras: cumpre a ética do jornalismo, direitos humanos é a melhor razão para trabalhar infiltrado e aceita apenas um crime, o da identidade falsa, que já lhe valeu uma ida a tribunal.
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Fabrizio Gatti diz que são meses de preparação para o trabalho infiltrado. Começa pela escolha do nome e depois constrói uma personagem muito realista.
O jornalista italiano conta ainda que depois de ter vestido várias peles como inflitrado, viu o pior rosto da Europa em Lampedusa. Ali foi Bilal, um imigrante que foi detido e agredido, uma pele que Fabrizio ainda não foi capaz de despir.
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Agora, defende que a população de Lampedusa merece receber o Nobel da Paz pela maneira como lida com o drama da imigração ilegal e lançou uma petição que já tem mais de 50 mil assinaturas.