«Vergonha» e «assassinos» foram algumas das palavras de ordem na receção ao presidente da Comissão Europeia e ao primeiro-ministro italiano na chegada a Lampedusa, em Itália.
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Não foi hospitaleiro o ambiente em que Durão Barroso e Enrico Letta foram recebidos esta manhã em Lampedusa. Na chegada à ilha italiana, o presidente da Comissão Europeia e o primeiro-ministro de Itália foram alvo de assobios e insultos.
Um grupo de habitantes da ilha, que exibia fotografias de refugiados africanos, foi ao aeroporto esperá-los e ouviram-se gritos de «vergonha» e «assassinos».
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Durão Barroso está em Lampedusa para homenagear as vítimas do naufrágio da semana passada, cujo balanço contabiliza já perto de trezentos mortos.
O presidente da Comissão Europeia leva tambám um plano com que Bruxelas pretende reforçar a vigilância no Mediterrâneo.
Ontem, a comissária europeia dos Assuntos Internos, Cecilia Malmstrom, anunciou que a Comissão vai pedir aos países membros recursos para uma grande operação Frontex «cobrindo todo o Mediterrâneo, de Chipre a Espanha, para uma grande operação de resgate e salvamento no mar Mediterrâneo».