A TSF foi ver como continuam a ser improvisadas as emissões na sede da ERT, onde cerca de 2700 trabalhadores lutam por manter os postos de trabalho na rádio e televisão públicas da Grécia, que continua apenas a emitir pela Internet.
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No edifício da ERT, perto de Atenas, improvisam-se emissões contínuas, com recursos limitados, faz-se rádio no hall de entrada e questiona-se a justiça da decisão do governo grego com a ajuda de milhares de cartazes e ruidosos altifalantes.
Quase uma semana depois do início do apagão na rádio e televisão públicas da Grécia, centenas de trabalhadores da ERT mantém ocupada a sede da empresa e garantem a transmissão 24 horas por dia através da internet (via satélite), com a ajuda da União Europeia de Radiodifusão.
Os mais de 2700 trabalhadores da emissora (com três canais de TV e cinco estações de rádio) não sabem o que lhes vai acontecer na sequência do impasse na coligação governamental e muitos deles têm ajudado a manter a emissão como sinal de resistência depois da decisão radical e inesperada de Antonis Samaras.
Esta segunda-feira, há um encontro agendado entre Antonis Samaras, líder do governo e do partido da Nova Democracia, e os líderes dos parceiros de coligação.
O Pasok e a Esquerda Democrática vão tentar, mais uma vez, fazer o primeiro-ministro recuar da decisão e da intenção de fechar de vez a ERT, criando uma nova estação (com outro nome) e ficando com um número muito reduzido de trabalhadores.
Também hoje é aguardada com expectativa a decisão do Supremo Tribunal Administrativo do país que pode considerar ilegal a decisão de Samaras.