Milhares de pessoas - 12.000, segundo a polícia, 20.000, segundo as centrais sindicais - manifestaram-se hoje na Grécia contra o encerramento pelo Governo da televisão e rádio pública ERT.
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O pano de fundo para mais esta crise é o fecho da cadeia de televisão e rádio pública. Quando o sinal se desligou começou mais uma luta entre a esquerda e a direita.
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Um braço de ferro, que o professor grego Yannis Varoufakis, não sabe como vai acabar.
O Governo grego é composto por três forças políticas. A nova Democracia de Direita que lidera a coligação, os socialistas do PASOK e a esquerda moderada do Dimar.
Não é só na questão da TV pública que o Executivo tem dado sinais de instabilidade. Yannis Farouvakis, professor de economia, diz que dificilmente o governo se aguenta sem alterações.
Os partidos de esquerda que estão no executivo já apelaram à reabertura da ERT. O PASOK disse mesmo que esse seria um caminho para salvaguardar a unidade e o futuro do governo.
A TV pública, apesar de não emitir para os televisores mantém o sinal a correr para a internet, onde continua a ser vista.
Em destaque desde as zero horas, a greve dos funcionários públicos e o fecho da emissora. As imagens são das ruas de Atenas. Ainda há pouco Alexis Tspiras, o líder da extrema esquerda grega, era ouvido pelos jornalistas, dizendo que o Governo tem de cair.
Um futuro que Yannis Varoufakis diz desconhecer. O que para ele é certo é que a resposta para grande parte dos problemas da Grécia está nas instituições europeias. Para o diretor da Faculdade de Economia de Atenas, a União Europeia tem de deixar de tratar a Grécia, Portugal e Espanha como cobaias em experiências económicas que não funcionam.