O presidente sírio, Bachar al-Assad, decretou esta terça-feira uma nova amnistia geral para todos os crimes cometidos antes de 20 de Junho, anunciou a agência oficial Sana.
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«O presidente al-Assad promulgou um decreto de amnistia geral para os crimes cometidos antes de 20 de Junho de 2011», indicou a Sana sem dar mais pormenores.
A 31 de Maio, Assad tinha decretado uma amnistia geral, que abarcava todos os presos políticos, inclusive os membros da Irmandade Muçulmana.
Na altura, centenas de presos foram libertados, segundo as organizações dos direitos humanos, mas a repressão violenta dos contestatários manteve-se.
No discurso de ontem, o terceiro desde o início do movimento de contestação a 15 de Março contra o regime, o Presidente sírio apelou para um «diálogo nacional» que poderia terminar numa nova Constituição.
Assad prometeu reformas como a possível emenda de uma cláusula da constituição que faz do Baas o «partido dirigente do Estado e da sociedade» na Síria desde 1963. A anulação da cláusula é uma das principais reivindicações da oposição.
Mas estas promessas foram consideradas pouco convincentes pela comunidade internacional e pelos opositores, que apelaram para a manutenção da revolta até à queda do regime.
Da repressão das manifestações resultaram mais de 1300 mortos civis e mais de dez mil detenções, segundo várias ONG sírias.