Guardas armados foram hoje destacados para os bancos cipriotas horas antes da reabertura dos balcões. Bruxelas esclareceu hoje que restrições a movimentos de capitais só em circustâncias excecionais.
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Os empregados bancários, que noutros países europeus não estão protegidos atrás de um vidro de segurança, apelaram aos clientes para não descarregarem neles as respetivas frustrações aquando da abertura dos bancos, prevista para as 12h00 (10h00 em Lisboa), descreve a AFP.
A maioria dos bancos na capital cipriota tinha no início da manhã entre um e três seguranças junto à entrada, sem, no entanto, haver sinais de filas no exterior.
À TSF, Rosie Charalambous, jornalista da rádio e televisão públicas do Chipre, conta que não existem filas à porta dos bancos mas o reforço da segurança é bem vísivel.
Também Paula Ribeiro, uma jornalista portuguesa em Nicósia, descreveu à TSF que a segurança foi reforçada e que as filas variam, acreditando que muitos cipriotas não vão correr para os bancos depois do apelo feito pelo Governo.
A Comissão Europeia esclareceu hoje que as restrições aos movimentos de capitais, como os impostos por Chipre, só são admissíveis em circunstâncias excecionais e rigorosas.
«Os Estados-membros podem introduzir restrições ao movimento de capital, incluindo controlos de capital, em determinadas circunstâncias e em condições rigorosas, por razões de ordem pública ou de segurança pública», sublinha Bruxelas, num comunicado.
O executivo comunitário salienta ainda que qualquer exceção ao princípio do livre movimento de capitais «deve ser interpretado muito estritamente e deve ser não-discriminatório, adequado, proporcionado e aplicado no mais breve período possível».
O banco central de Chipre impôs, na quarta-feira, uma série de restrições para evitar uma fuga de capitais quando os bancos reabrirem, hoje, limitando as transferências para o exterior e a circulação de dinheiro em espécie, noticiam jornais locais.
Os pagamentos e as transferências para o estrangeiro serão limitados a 5.000 euros por mês, por pessoa e por banco, e os viajantes que deixarem o país não poderão levar mais do que 3.000 euros em dinheiro.
Notícia atualizada às 9h54