Biden diz que cessar-fogo em Gaza só será possível após libertação de todos os reféns

As declarações de Biden foram feitas pouco depois de o Hamas anunciar a libertação de mais dois reféns
Jonathan Ernst/AFP
Israel identificou mais de 220 reféns israelitas, estrangeiros ou com dupla nacionalidade.
As discussões sobre um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas só serão possíveis após a libertação de todos os reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano, disse esta segunda-feira o Presidente norte-americano, Joe Biden.
"Os reféns devem ser libertados, então poderemos discutir", declarou o chefe de Estado quando questionado sobre o seu apoio a um cessar-fogo.
As declarações de Biden foram feitas pouco depois de o Hamas anunciar a libertação de mais dois reféns.
Israel identificou mais de 220 reféns israelitas, estrangeiros ou com dupla nacionalidade. Foram raptados e levados para Gaza por membros do Hamas num ataque sangrento sem precedentes em 07 de outubro, que desencadeou uma guerra, com Israel a bombardear a Faixa de Gaza para "eliminar" o movimento islamita.
Mais de 1400 pessoas foram mortas em Israel, a maioria delas civis baleados, queimados ou mutilados no dia do ataque, segundo as autoridades. O exército israelita disse ter encontrado os corpos de 1500 combatentes do Hamas.
Já o Hamas afirmou hoje que 5087 palestinianos, a maioria civis, incluindo 2055 crianças, foram mortos na Faixa de Gaza por bombardeamentos israelitas que destruíram bairros inteiros.
Durante uma ligação com o Papa Francisco no domingo, Joe Biden discutiu o conflito entre Israel e o Hamas, bem como a situação humanitária em Gaza.
"O papa e eu estamos em sintonia, ele estava muito, muito, muito interessado no que estamos a fazer", disse esta segunda-feira o Presidente norte-americano.
Biden acrescentou que "explicou qual era o plano" sobre o apoio norte-americano a Israel, e disse que o papa foi "totalmente favorável".