As autoridades do Egito já utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar os apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi, impedindo-os de de chegar à praça Tharir, no centro do Cairo.
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Estes são os confrontos mais duros desde que os militares que depuseram Morsi impuseram a Lei Marcial.
De um lado, estão os manifestantes que tentaram entrar na emblemática praça Tahrir. Do outro, militares e polícias que terão conseguido impedir a invasão.
A estes juntaram-se também algums grupos de cidadãos anti-Irmandade Muçulmana que afastaram os islamitas à pedrada.
A agência France Presse fala em gás lacrimógénio lançado contra a multidão e em tiros para o ar.
Por seu turno, a agência Reuters vai mais longe e cita testemunhas para dizer que um veículo do exército disparou sobre a multidão.
A mesma agência notíciosa fala numa vítima mortal. Fontes médicas disseram à Reuters que um homem, pertencente à Irmandade Muçulmana, morreu vítima de disparos de caçadeira. Esta informação, contudo, ainda não oficial.
Depois do assalto falhado à praça Tahrir, os apoiantes do Movimento Agora, ilegalizado, dirigiram-se para o Palácio presidencial, mas também não conseguiram lá chegar.
Para além do centro da cidade, no Cairo, há vários bairros em estado de sítio. A France Presse conta que na zona de Manial há milhares de pessoas a gritar slogans pró-Morsi e contra o regime militar que, atualmente, controla o país.
Também fora da capital há notícia de confrontos. Tanto em Alexandria, a segunda maior cidade do país, como em duas cidades no Delta do Nilo, há marchas de apoio à Irmandade Muçulmana e contra a repressao do exército.