O secretário-geral da NATO sublinhou que agora ainda é mais importante manter o apoio a Kiev.
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O ministro alemão da Defesa, Boris Pistrorius, anunciou esta segunda-feira à tarde, na Lituânia, onde decorre um exercício da NATO, que os alemães vão enviar para o país quatro mil tropas para reforçar o contingente da Aliança Atlântica. Jens Stoltenberg já elogiou este esforço do governo de Berlim e mostrou estar atento à situação na Rússia.
"Os acontecimentos deste fim de semana são um assunto interno da Rússia, mais uma prova do grande erro estratégico que o Presidente Putin fez com a anexação ilegal da Crimeia e a guerra contra a Ucrânia. Não vemos qualquer indício de que a Rússia esteja preparada para utilizar armas nucleares, mas a NATO mantém-se vigilante", afirmou Stoltenberg.
O secretário-geral da NATO também sublinhou que agora ainda é mais importante manter o apoio a Kiev e indicou que, quanto mais a Ucrânia for bem-sucedida na sua contraofensiva para recuperar territórios ucranianos da Rússia, "mais fortes serão os seus trunfos a apresentar numa mesa de negociação".
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas".