O departamento de Estado norte-americano aconselhou hoje todos os cidadãos norte-americanos «a saírem do Iémen imediatamente», devido à ameaça terrorista.
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As autoridades norte-americanas chamaram também todo o pessoal diplomático não essencial destacado no Iémen, na sequência do encerramento de várias embaixadas e consulados do país no Médio Oriente e em África.
O encerramento das representações diplomáticas norte-americanas foi decidido depois da interceção de alegadas mensagens do líder da Al-Qaida, Ayman al-Zawahiri, a ordenar um ataque da filial da rede terrorista no Iémen, a Al-Qaida na Península Arábica (AQPA).
De acordo com um responsável tribal e a agência oficial Saba, quatro presumíveis membros da Al-Qaida foram mortos hoje num ataque com um avião não-tripulado ("drone"), provavelmente norte-americano, na região de Marib, a leste da capital iemenita, Sanaa.
Os quatro homens encontravam-se a bordo de um veículo que foi atingido por quatro mísseis, acrescentou o mesmo responsável, que pediu o anonimato, à agência noticiosa francesa AFP.
A agência oficial iemenita Saba confirmou a operação ao escrever que, «de acordo com as primeiras informações, quatro membros da Al-Qaida foram mortos num ataque aéreo em Wadi Abida, na região de Marib».
Dois dos mortos foram já identificados, disse a fonte tribal, acrescentando tratar-se de Saleh al-Tais al-Waili e de Saleh Ali Gouti.
O primeiro consta de uma lista de 25 pessoas procuradas por serem membros da Al-Qaida, publicada hoje de madrugada pelo ministério da Defesa iemenita.
O ministério afirmou que estas 25 pessoas «planeavam ataques terroristas durante os últimos dias do Ramadão e durante a festa de Eid al-Fitr», prevista no final desta semana e que marca o fim do jejum muçulmano.
Este é o quarto ataque contra alegados membros da Al-Qaida no Iémen desde 28 de julho. Estes ataques resultaram em 17 mortos. De acordo com a administração norte-americana, a «AQPA é a mais ativa das filiais da Al-Qaida».