O Governo das Filipinas lançou uma página na Internet para informar sobre a utilização dos donativos internacionais, na sequência da devastação causada no país pelo tufão Haiyan.
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«Pediram-nos de forma urgente para supervisionar o movimento dos fundos de ajuda estrangeiros para que sejam canalizados exatamente para onde devem: para os sobreviventes do tufão», afirmou hoje o vice-ministro do Orçamento e Gestão das Filipinas, Richard Moya.
O portal, batizado como "Centro de Transparência de Ajuda Internacional", é a «resposta pioneira à necessidade crescente de transparência e responsabilidade na gestão de donativos humanitários», acrescentou o governante.
A maioria dos dados que serão publicados no portal terão como fonte o Ministério de Negócios Estrangeiros e serão referentes à ajuda internacional que chega às agências governamentais filipinas, apontou a agência noticiosa do arquipélago.
«Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a ajuda internacional não chega ao Governo das Filipinas de facto, mas na forma de compromissos de fundos, que são logo entregues a organizações como a USAID ou Cruz Vermelha, e nestes casos não podemos supervisioná-los», disse o vice-ministro.
O lançamento desta página na Internet foi feito depois da visita, no domingo, do Presidente das Filipinas, Benigno Aquino, às províncias de Leyte e Samar Oriental, as duas mais afetadas pelo Haiyan, que, com ventos de até 315 quilómetros por hora, foi o tufão mais forte já registado e o terceiro mais mortífero na história recente do arquipélago.
Segundo o último balanço oficial, o tufão causou 3.976 mortos, 18.175 feridos e 1.598 desaparecidos.
Cerca de 10,3 milhões de pessoas foram afetadas pelo Haiyan, das quais 353.862 estão alojadas em 1.550 centros de abrigo.