A 8 de novembro, o super tufão Haiyan arrasava o centro das Filipinas. Quase um mês depois, pouco está de pé. A TSF contactou a missão portuguesa da AMI que continua no terreno.
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Quatro pessoas em missão, divididos pela área médica e distribuição alimentar, em bairros da zona de Tolosa, uma das zonas mais atingidas pelo tufão que devastou cerca de 90% das habitações.
José Luís Nobre, chefe da missão, explica à TSF que as difculdades são muitas e que a região ainda se encontra privada, por exemplo, de eletricidade, que só deverá chegar no Natal ou no Ano Novo.
O chefe da missão portuguesa da AMI no terreno diz que, em mais de 20 anos de missões humanitárias, nunca viu uma situação tão grave como a que se pode ainda observar depois da passagem do Haiyan.
José Luís Nobre conta ainda que uma das principais preocupações passa por dar algum poder de compra às famílias e relançar a atividade económica na região.
Sobre a ajuda internacional prometida, Nobre sublinha as dificuldades de financiamento das organizações humanitárias que não conseguem permanecer durante muito tempo no terreno.
A equipa portuguesa da AMI regressa na próxima semana, quando forem cumpridos 33 dias de missão.
O balanço mais recente das autoridades filipinas aponta para 5.719 mortos. De acordo com o Centro Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres, o tufão, que afetou dez milhões de pessoas, provocou ainda mais de 26 mil feridos, havendo ainda o registo de 1.779 desaparecidos.
Dos mais de três milhões de deslocados, apenas 96.474 se encontram atualmente em centros de abrigo, sobretudo nas ilhas de Leyte e Samar.