As más acessibilidades e as condições meteorológicas tornam imprevisível o tempo que vai demorar o resgate dos corpos das vítimas. O local onde o avião da Germanwings caiu situa-se nos Alpes franceses.
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O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, não arrisca um prazo para dar por terminadas as operações de resgate das vítimas da queda de um avião Airbus 320, ontem de manhã. O governante explicou esta manhã que dadas as condições muito difíceis em que as equipas estão a trabalhar é imprevisível o fim das operações. Cazeneuve diz que podem demorar «dias ou semanas».
No local do acidente, e segundo a edição eletrónica do jornal espanhol El Mundo, as autoridades espanholas vão enviar hoje as amostras de DNA de familiares das vítimas, para serem analisadas à medida que forem encontrados os corpos e depois identificá-los.
Um piloto da proteção civil francesa explicou aos jornalistas que estão no local do acidente que «nenhum corpo será repatriado hoje». Xavier Roy anunciou que alguns peritos forenses já estão a trabalhar na zona do acidente para determinarem a localização dos restos mortais.
A recuperação dos corpos dos passageiros que seguiam a bordo do avião é a primeira fase de um trabalho que se vai estender no tempo e que terá como objetivo a identificação de todos os que viajavam no aparelho.
À TSF, João Pinheiro, vice-presidente do Instituto de Medicina Legal, explica que se trata de um processo que pode ser muito moroso sobretudo quando se está em presença de corpos muito fragmentados. Uma situação que obriga o perito a recolher todos os sinais particulares de identificação como, por exemplo, fraturas, próteses, sinais, dentes e próteses dentárias. Ao mesmo tempo que decorre este trabalho, uma outra equipa que recolhe junto dos familiares das vítimas as informações que podem ajudar a identificar as mesmas.
João Pinheiro explica que a todos, vítimas e familiares, são ainda feitos testes de DNA que confirmam a identificação.