O ministro da Fazenda brasileiro disse que o Brasil está disposto a apoiar um representante de um país desenvolvido, e não emergente, para ser o cargo de director do Fundo Monetário Internacional.
Corpo do artigo
O ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, é acusado de ter tentado violar uma funcionária num hotel em Nova Iorque e renunciou ao cargo na quarta-feira.
«O importante é que o novo director do FMI continue as reformas que Strauss-Kahn vinha a fazer, de democratização do Fundo», disse Guido Mantega em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, na quinta-feira.
«Pode haver bons candidatos seja em países emergentes ou avançados, mesmo na União Europeia», referiu o ministro.
A declaração do ministro demonstra uma mudança na posição do governo brasileiro, que antes insistia na escolha de um representante de um país emergente para o FMI.
Segundo o diário paulista, a percepção no Governo brasileiro é de que boa parte dos candidatos de países emergentes, surgidos até agora, são de uma linha mais conservadora e poderiam impor um retrocesso no FMI.