O Governo do Chipre adiou para segunda-feira a sessão de emergência do Parlamento para debater o plano de resgate europeu aprovado no sábado.
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O presidente cipriota, Nicos Anastasiades, adiou também para segunda-feira um discurso no Parlamento e uma mensagem à nação, previstos para domingo, para defender um plano de ajuda que considerou «doloroso», e que prevê que todos os depósitos bancários sejam taxados em contrapartida por um empréstimo de 10 mil milhões euros.
Os deputados reúnem-se por isso na segunda-feira às 16h00 (14h00 em Lisboa) para debater a ratificação do acordo após um discurso do presidente conservador às 11h00 (9h00 em Lisboa), informou a televisão estatal.
O acordo alcançado na madrugada de sábado pelos ministros da Economia e Finanças da Zona Euro para o resgate ao Chipre vai implicar, entre outras medidas, aumento dos impostos sobre os depósitos, o que levou os cipriotas a fazer filas junto às agências bancárias de Nicósia com caixas multibanco.
O presidente do Chipre tentou ainda no sábado apaziguar os cipriotas indignados, à medida que surgiam apelos para protestos e manifestações.
O líder da oposição, George Lillikas, já convocou um protesto para terça-feira, sublinhando que o presidente que foi eleito em fevereiro «traiu a vontade do povo».
Entretanto, o Banco do Chipre, a maior instituição financeiro do país, já comunicou que as «preocupações da opinião pública são absolutamente compreensivas e justificadas».