Grupos de manifestantes pró e anti-Lula entraram esta sexta-feira em confrontos em frente ao prédio onde mora o ex-presidente brasileiro, em São Paulo, e onde a Polícia Federal realiza buscas no âmbito da Operação Lava Jato.
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Segundo a imprensa brasileira, os dois grupos chegaram à Avenida Prestes Maia, em São Bernardo do Campo, depois de ter sido divulgada a 24.ª fase da Operação Lava Jato.
Houve troca de palavras e agressões e a Polícia Militar e a Guarda Civil foram chamadas ao local para apaziguar os ânimos.
Também esta manhã, o ex-líder brasileiro foi detido e levado para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde deve prestar declarações à Polícia Federal, divulgou a imprensa brasileira.
De acordo com a Polícia Federal, entre os crimes investigados nesta etapa da Operação Lava Jato, estão corrupção e branqueamento de capitais, entre outros praticados por diversas pessoas no contexto de esquema revelado e relacionado com a petrolífera Petrobras.
Entre os locais visitados pela Polícia Federal desde o início da manhã desta sexta-feira estão, além do apartamento do ex-presidente, o do seu filho Fábio Luís Lula da Silva e a sede do Instituto Lula.
A investigação desta sexta-feira ocorre um dia depois de a revista "IstoÉ" ter divulgado a delação (depoimento em troca de redução da pena). O do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, na qual o elemento do Partido dos Trabalhadores (PT) compromete Lula da Silva e a atual Presidente brasileira, Dilma Rousseff.
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou estar "perplexo e indignado" com a detenção de Lula da Silva. "O presidente Lula já prestou depoimento e sempre se colocou à disposição das autoridades. Isso não é justiça, isso é uma violência", disse Rossetto.