O ministro da Defesa da França reconheceu, numa entrevista divulgada este domingo pelo jornal francês Le Parisien, que «há um certo risco» de que a guerra na Líbia «possa durar».
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«Eu diria que há um certo risco de que esta guerra possa durar porque Kadhafi e a Líbia não são totalmente previsíveis», afirmou Gerard Longuet, quando questionado sobre a possibilidade de um impasse no conflito da Líbia.
«Sim, [o caminho] é longo e complicado. E porque é complicado, demorará tempo», acrescentou o ministro francês, que este domingo chegou a Cabul, naquela que é a sua primeira visita ao Afeganistão desde que tomou posse.
Longuet afirmou que os ataques da aviação da coligação internacional são «capazes de anular todos as reservas logísticas das tropas [do líder líbio, Muammar] Kadhafi».
Contudo, admitiu que num cenário de «combate urbano», a aviação da coligação internacional «pode evitar a tragédia, mas não chegará para resolver o problema».
No sábado, o ministro de Defesa francês defendeu o ataque aos centros de comando e arsenais do líder líbio em vez de armar os rebeldes. Para Longuet, os ataques devem ser organizados «para que não seja necessário equipar militarmente» as forças rebeldes que lutam contra Kadhafi.
«O problema é que nos faltam informações concretas sobre os objectivos identificados no solo. Não há escassez de aviões, mas sim uma falta de identificação de alvos móveis», explicou. E levar a cabo uma batalha aérea «sem informação do solo é certamente uma fraqueza», admitiu.