As edições desta segunda-feira dos principais jornais espanhóis destacam a viragem histórica das eleições legislativas de domingo em Espanha, referindo-se à maior vitória de sempre do PP.
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O voto domina claramente as capas, inundadas com um azul de esperança, a cor do Partido Popular, e fotografias de Rajoy a beijar a mulher no discurso de vitória.
Grande parte dos jornais destaca o poder absoluto que Mariano Rajoy obteve no domingo, com amplas maiorias absolutas tanto no Congresso de Deputados como no Senado.
«Mãos livres para Rajoy tirar Espanha da crise. O mandato da mudança», escreve o diário El Mundo. O jornal considera ainda que Alfredo Pérez Rubalcaba, o grande vencido, se compromete com a liderança da oposição e que anuncia um congresso dos socialistas.
O El Pais escreve que «a crise dá todo o poder a Rajoy», com o PP a obter o melhor resultado da sua história, superior ao recorde até então detido pelo histórico dirigente José Maria Aznar.
No editorial, o jornal defende o futuro «não pode ter demoras», que Rajoy deve revelar rapidamente quem será a sua equipa económica e que José Luis Rodríguez Zapatero se deve demitir como secretário-geral do PSOE.
O La Razon, por seu lado, titula «confiança absoluta», referindo que o PP e o PSOE fizeram história, respectivamente com o melhor e o pior resultado de sempre.
O jornal Público divide a sua manchete, com fotos de Mariano Rajoy e Alfredo Pérez Rubalcaba, titulando «direita absoluta» e recordando que o PP vence com 16 pontos de vantagem e Rajoy consegue mais mandatos que Aznar.
Ao lado destaca o «debacle socialista, com o pior resultado em 34 anos de democracia» e um futuro de «profunda renovação».
O El Periódico, da Catalunha, também se refere ao poder de Rajoy, considerando que o «novo presidente propõe-se governar com todos e falar à Europa», sublinhando em editorial que está na hora da conciliação.
O La Vanguardia também puxa o editorial para a capa, avisando que o futuro primeiro-ministro tem «outro repto» depois de muitos anos para chegar ao Governo, ou seja, ultrapassar a crise.
Entretanto, a Bolsa de Madrid abriu esta segunda-efira em baixa, a desvalorizar 0,36 por cento.