Depois de ter sido expulso da sua residencial em Tripoli, o coronel Kadhafi afirmou que saiu do complexo por uma questão «táctica» e prometeu lutar pela vitória.
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Fugido do complexo onde vivia, em parte incerta mas ainda na Líbia, Muammar Kadhafi exortou, na noite passada, todos os líbios a «limparem» a capital, «varrendo todos os traidores».
Em declarações às televisões árabes, Kadhafi pediu o levantamento de todos os jovens, mulheres e membros das tribos, garantindo ter percorrido algumas ruas de Tripoli, num tour discreto, e ter sentido que a capital não está em perigo.
Mas as imagens e relatos que chegam de Tripoli contradizem o optimismo do coronel. Ainda há combates nas ruas, ainda esta manhã houve um ataque aéreo. Enquanto isso, os rebeldes dançam, passeiam e pilham o complexo que serviu de quartel a Kadhafi.
Era o local mais bem protegido de toda a Líbia, mas caiu esta terça-feira, o que obrigou o coronel a retirar-se, uma acção que Kadhafi designou de «mero movimento estratégico».
A acompanhar o discurso do líder líbio, o homem que tem sido o porta-voz do regime nestes últimos dias, Moussa Ibrahim, jurou que as forças leais ao coronel não vão resistir dias ou semanas, mas sim meses e anos, transformando a Líbia «num vulcão de lava e fogo».
A fogo intenso têm estado as cidades de Sirte, terra natal de Kadhafi, e Misrata, mas os rebeldes já fazem contas ao futuro.
O porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT) quer que o coronel seja julgado primeiro no país e depois em Haia, no Tribunal Penal Internacional (TIP).