O enviado especial da ONU e Liga Árabe pediu hoje o adiamento da votação do projeto de resolução do Conselho de Segurança sobre a Síria, informou a missão britânica nas Nações Unidas.
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Segundo a mesma fonte, o pedido de Annan, no dia em que vários altos responsáveis do governo sírio foram mortos em Damasco, está a ser «avaliado» pelos membros do Conselho de Segurança.
Apresentado pelo Reino Unido, e subscrito por Portugal, Alemanha e Estados Unidos, o projeto de resolução deveria ser votado esta tarde em Nova Iorque, perto das 15h00 (20h00 de Lisboa).
Fonte diplomática de um dos países subscritores do projeto de resolução disse à Lusa que o adiamento da discussão «ainda não é certo mas muito provável».
O projeto renova o mandato da missão de observadores da ONU para a Síria (UNSMIS) por 45 dias e levanta a ameaça de sanções caso o governo sírio, no prazo de dez dias, não cesse o uso de armas pesadas e retire as suas forças de centros populacionais.
O mandato da UNSMIS termina na próxima sexta-feira, 20 de julho.
Kofi Annan encontra-se atualmente em Moscovo em contactos com as autoridades russas, que têm vindo a opor-se à abertura da possibilidade de sanções contra Damasco, com apoio da China.
No atentado na sede da Segurança Nacional, no centro da capital da Síria, morreram o ministro da Defesa sírio, Daud Rajha, e o vice-ministro da Defesa e cunhado do Presidente Bashar al-Assad, Assef Shawkat, segundo a televisão estatal síria.
Vários altos responsáveis ficaram feridos no ataque, incluindo o ministro do Interior, Mohamed Shaar, e o chefe da Segurança Nacional, Hisham Ikhtiar, segundo fontes da segurança citadas por agências internacionais.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, também o general Hassan Turkmeni, chefe da célula de crise do Governo sírio e adjunto do vice-Presidente, foi morto no atentado.