A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, vai fazer uma declaração às 10:30 (hora portuguesa), onde deverá esclarecer se é ou não candidata à direcção do FMI.
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Christine Lagarde, que é encarada como favorita para suceder ao seu compatriota Dominique Strauss-Kahn, envolvido num escândalo sexual, à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI), convocou uma conferência de imprensa para esta quarta-feira de manhã.
O conselheiro especial do presidente francês, Nicolas Sarkozy, Henri Guaino, citado pela AFP, deixou entender claramente que a ministra irá esclarecer «se é candidata».
Esta declaração surge numa altura em que são cada vez mais as vozes a apoiarem uma eventual candidatura de Christine Lagarde.
Não é uma declaração oficial nem explícita, mas, em entrevista a um jornal francês, Olli Rhn afirmou que Christine Lagarde é, sem dúvida, uma personalidade de peso na cena internacional, reconhecendo o comissário europeu de Assuntos Económicos, que a reputação da ministra francesa das Finanças cresceu muito nos últimos meses.
Reforçando a ideia que apoia a candidatura de Lagarde, Olli Rehn disse ainda que a futura gestão do FMI deve ser liderada por alguém que perceba os desafios da crise da dívida soberana europeia face aos mais recentes acontecimentos.
O comissário europeu acrescentou que, na actual conjuntura, é legítimo que a Europa se ponha de acordo para apresentar um candidato.
Isso mesmo é o que se tem verificado nos últimos dias. Christine Lagarde conta com o apoio dos principais líderes europeus, começando por Angela Merkel. No fim-de-semana, a chanceler alemã disse que seria um nome excelente para dirigir o FMI. Reino Unido e Itália também já se mostraram apoiantes da ministra francesa das Finanças.
Parece assim garantido o desejo de que a direcção do Fundo Monetário Internacional seja entregue a um europeu, um objectivo que, ao que tudo indica, vai ser cumprido, já que dois dos principais países emergentes estão fora da corrida. Segundo a Bloomberg, China e Brasil também apoiam o nome de Lagarde.
Dos pesos pesados, falta conhecer a posição dos Estados Unidos e do Japão, que por enquanto não assumiram qualquer posição pública.
Este assunto poderá dominar a cimeira do G8 agendada para Deauville, norte de França, na quinta e sexta-feira.